Novamente neste ano estive em Nova Iorque presente no maior evento de varejo do mundo, o Retail’s Big Show (NRF 2019), organizado pela federação de varejo americana há mais de um século. Todo ano a expectativa é grande para entender para onde caminha o varejo, quais serão os próximos desafios e quais tendências ocuparão espaço nas agendas estratégicas das empresas deste mercado.
Costumo compartilhar os principais aprendizados de cada edição da NRF. Em suma, a edição deste ano mostrou: (1) a força da China e porque ela tem muito a ensinar a todos os mercados, até mesmo os mais maduros; (2) O varejo físico não morreu e não vai morrer, mas mudou de papel e vai mudar ainda mais puxado pelos novos hábitos de consumo da nova geração de consumidores; (3) tecnologia e o domínio dos dados é a espinha dorsal da experiência de consumo; e (4) o consumidor quer estabelecer uma relação de confianças com as marcas e não apenas consumir.
Ainda estamos sob efeito da ressaca do início da década de 2010, onde o varejo físico foi alvo das mais ácidas previsões que indicavam, inclusive, que este seria substituído pelo comércio eletrônico. Não era para menos. Uma grande crise impactava dos pequenos até as fortes e tradicionais redes varejistas americanas, lojas e mais lojas fechando as portas e aumentando a presença de nobres pontos comerciais disponíveis para locação nos mais badalados centros de consumo.