Open Banking: O que é e quais os benefícios para Micro e Pequenas Empresas
Open Baking é um sistema financeiro que vai transformar a relação entre bancos e lojas, com transparência e facilidade na gestão das finanças. Veja mais benefícios!
Um dos grandes desafios na gestão de pequenos negócios no Brasil é a obtenção de crédito, especialmente para capital de giro. Todos os anos, milhares de micro e pequenas empresas nascem no Brasil e no mundo. Mas, infelizmente, 80% delas chegam ao fim antes de completar 1 ano. Segundo o SEBRAE, até abril de 2020 mais de 600 mil empresas fecharam as portas.
Ainda segundo o SEBRAE, a obtenção de crédito é um dos principais motivos que pode fazer uma empresa falir. Por trás das altas taxas de juros, dos elevados índices de inadimplência e da oferta escassa de crédito para pequenos negócios está a concentração de mercado em poucos bancos. Afinal, pouca competição tende a resultar em preços mais altos e menor oferta de produtos e serviços.
Esse novo sistema financeiro promete transformar a relação das instituições financeiras com seus clientes, trazendo mais transparência e facilidade para a gestão das finanças.
Você já ouviu falar em Open Banking? No post de hoje, vamos falar um pouco mais sobre o tema e quais impactos e benefícios ele pode trazer para a sua empresa. Vem comigo!
Afinal, o que é Open Banking?
Também conhecido como Open Finance – O Open Banking é um sistema financeiro aberto criado pelo Banco Central (BC) que possibilita aos clientes de produtos e serviços financeiros compartilhar suas informações entre diferentes instituições e movimentar suas contas bancárias. O novo sistema facilitará a vida dos pequenos empreendedores, que poderão consultar seus relacionamentos bancários em apenas um aplicativo, por exemplo. Também irá favorecer a busca por melhores preços e produtos que se adequem à realidade do consumidor.
Na prática vai funcionar da seguinte forma: “Uma instituição financeira vai poder olhar para os dados da sua empresa e pensar: ‘essa empresa tem uma movimentação interessante, seria uma boa cliente. Vou fazer uma oferta de crédito melhor do que a que ela tem hoje’”, disse Adalberto Luiz, analista de capitalização e serviços financeiros do Sebrae, à Folha de São Paulo.
Uma das grandes vantagens do Open Banking é justamente dar ao cliente a propriedade de suas informações e movimentações de forma que ele possa optar por compartilhá-las com as instituições financeiras que ele desejar.
Como aderir ao novo sistema?
Da mesma forma que as pessoas físicas, a empresa vai escolher como, quando e com quem compartilhar os dados. Além da permissão, o usuário escolhe quais informações ele quer compartilhar e não precisa pagar nada por isso. As instituições financeiras ou de pagamento não poderão transmitir os dados pessoais dos correntistas a terceiros sem o consentimento expresso deles.
Além disso, a solicitação para o compartilhamento de dados e serviços do Open Banking somente é realizada por meio de canais digitais das instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central.
Você deve estar se perguntando: E não será arriscado compartilhar os dados da minha empresa? A resposta é: Não. Todas as novidades propostas pelo Open Banking estão amparadas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Os usuários podem ficar tranquilos em relação à segurança, porque os bancos só podem fazer a integração de dados com a permissão de cada cliente e essa permissão pode ser cancelada a qualquer momento.
O Open Banking será implementado em quatro fases:
Fase 1 – Dados institucionais: nesta etapa, que teve início em fevereiro de 2021, as informações compartilhadas ainda não envolvem os dados dos clientes, apenas das instituições participantes, como canais de atendimento, serviços e produtos financeiros tradicionais.
Fase 2 – Dados cadastrais e transacionais: a partir do dia 15 de julho, os clientes, com o devido consentimento, poderão solicitar o compartilhamento entre instituições participantes de seus dados cadastrais, informações sobre transações em suas contas, cartão de crédito e produtos de crédito contratados. Algumas instituições financeiras já vêm permitindo a experiência do compartilhamento.
Fase 3 – Iniciação de pagamentos e propostas de crédito: a partir de 30 de agosto, os clientes também poderão fazer transações de pagamento e encaminhamento de proposta de operação de crédito em diferentes instituições, usando um único aplicativo. Nesta fase, o usuário poderá realizar uma transação de pagamento em sua conta sem precisar, necessariamente, acessar o ambiente da instituição detentora (Internet Banking ou aplicativo, por exemplo). Também será nesta fase que poderão ser enviadas e contratadas propostas de crédito de outras instituições.
Fase 4 – Dados de seguros, investimentos e câmbio: após 15 de dezembro, dados sobre outros serviços financeiros passam a fazer parte do escopo do Open Banking, por exemplo, operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência. Os clientes – sempre que quiserem e autorizarem – poderão compartilhar informações de operações de câmbio, investimentos, seguros, previdência complementar aberta e contas-salário, bem como acessar informações sobre as características de produtos e serviços dessa natureza disponíveis para contratação no mercado.
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Quais são os benefícios do Open Banking para PMEs?
1. Integração com sistemas de gestão
O Open Banking vai facilitar a integração de informações bancárias com sistemas de gestão, a fim de otimizar a administração das finanças do seu negócio. Isso significa otimização do potencial dos softwares mediante a integração com serviços bancários e de pagamento.
Com a gestão financeira facilitada, os donos de pequenos negócios economizam tempo e evitam erros que podem gerar desperdício de recursos, o que, consequentemente, melhora a produtividade e reduz custos das operações.
2. Praticidade
O Open Banking dispensa a necessidade de acessar a conta bancária para concluir operações financeiras. Empresas que trabalham com pagamentos periódicos se beneficiam desse aspecto porque as cobranças podem ser feitas automaticamente dentro dos sistemas de gestão.
Desta forma, não é necessário entrar no aplicativo ou site do banco, digitar as informações para pagamento e compartilhar os comprovantes. Com as automações e um software, todos os dados ficam centralizados em um único lugar e você não precisa se preocupar em colocar as informações em uma planilha à parte, o que aumentaria o risco de perder dados importantes para a gestão financeira.
3. Controle financeiro mais eficiente
O lojista já tem o costume de compartilhar dados com o seu escritório de contabilidade e com aplicativos de gestão financeira. E você deve saber que o acesso a esses dados não é rápido. Isso acaba atrasando a sua rotina.
O sistema de compartilhamento de dados do Open Banking deixará essas informações disponíveis para o lojista usar como e na hora que quiser. Tornando a gestão financeira mais simples, rápida e segura. Sem burocracias.
4. Produtividade
Pela integração com sistemas de gestão e a praticidade do Open Banking, os donos do negócio se beneficiam com um aumento de produtividade. Os softwares utilizam automações para agilizar processos, diminuindo a burocracia das operações financeiras e reduzindo a necessidade de atividades manuais, como administração de planilhas no Excel.
Com isso, as pequenas empresas ganham em produtividade e performance, tendo mais tempo para planejar estratégias de vendas e tomar decisões mais relevantes para o negócio.
5. Competitividade e Melhores opções de crédito
O Open Banking aumenta a competitividade entre as instituições financeiras, uma vez que nenhuma terá o domínio sobre os dados dos clientes. O que acaba estimulando a melhora da qualidade de experiências, dos serviços e produtos oferecidos para os clientes. Diante disso, as empresas podem se beneficiar com melhores opções de crédito e tarifas, podendo escolher o que mais se adequa às suas necessidades.
E isso também é bom para os bancos, afinal, mais pessoas vão conhecer suas soluções e poderão compará-las com os serviços que já utilizam.
6. Diversificação de produtos
Como as instituições têm acesso às informações dos clientes, podem oferecer soluções personalizadas aos consumidores, aumentando a cartela de produtos oferecidos.
Desta forma, os microempresários podem encontrar melhores condições de contratação, além de serviços/produtos que atendam às necessidades da sua empresa, desde linha de crédito até critérios para cheque especial.
Novas tecnologias abrem novas possibilidades que antes não eram possíveis ou imagináveis. É muito provável que começaremos a ver parcerias entre bancos e fintechs, fintechs e empresas e, como consequência, a inclusão de novas soluções para PMEs, seja do ponto de vista de crédito, de taxas, de canais digitais de vendas e relacionamento com clientes. Esse ecossistema moderniza as instituições bancárias e financeiras, contribui para redução de taxas e inclusão de novos serviços. Um benefício que impactará também o médio e longo prazo.
E aí, aprendeu o que é Open Banking e suas vantagens para as pequenas e médias empresas? Então, compartilhe essa informação com a sua rede de contatos e bons negócios!
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