Organizar as despesas é uma tarefa difícil para quase todas as pessoas, mas é especialmente complicada para quem empreende. Afinal, além das contas da casa, do dia a dia comum a todos, ainda precisa pensar nas contas da empresa.
A cada mês a gente precisa lembrar de pagar contas como telefone, energia, internet, aluguel, tv por assinatura, condomínio, faculdade ou colégio dos filhos, financiamento, cartão de crédito. E isso só como pessoa física. A partir do momento em que você tem um CNPJ, ou seja, se torna também uma pessoa jurídica, seja abrindo uma loja ou se tornando um prestador de serviços, os compromissos aumentam ainda mais. Você conhece esse cenário?
A boa notícia é que, com um pouco de planejamento e organização, fica muito mais fácil lidar com as despesas. E a notícia melhor ainda é que a gente trouxe essas dicas para você. Confira!
10 dicas de organização financeira
1 – Crie seu orçamento
Um dos primeiros passos para quem quer organizar as despesas é criar uma lista com todos os custos recorrentes. Pense nas contas de água, luz, telefone, aluguel, mensalidades e por aí vai. Anote todas as despesas fixas, colocando um valor médio para os que podem sofrer uma pequena variação.
Como você pode perceber, uma boa parte da sua renda ficará comprometida com essas contas, mas você ainda tem os gastos variáveis, como supermercado, medicamentos, eventuais consertos no carro ou na casa, etc. Estipule um valor para essas despesas e nos meses seguintes, revise o orçamento conforme a realidade. O valor que sobrar do seu salário após descontar os custos fixos e variáveis é o que você tem disponível para investir ou fazer uma reserva de emergência.
2 – Defina metas de economia
Talvez seu salário mensal seja bom o suficiente para sobrar uma boa quantia no fim do mês, mas sabemos que essa não é uma realidade para todos. Além disso, sempre é possível encontrar formas de economizar e fazer o dinheiro render mais.
Analise seu orçamento e busque quais contas podem ser revistas. Será que existem formas de gastar menos com as contas fixas, economizando com água e energia elétrica? Será que não está havendo desperdício de alimentos? Defina metas práticas e realizáveis de economia.
3 – Diminua os gastos com supérfluos
Algumas vezes podemos gastar sem perceber. É um cafezinho, uma assinatura de streaming que você não aproveita ou mesmo um chocolate especial que compramos sem contabilizar no orçamento e sem perceber o quanto os pequenos valores contribuem para as contas no fim do mês.
Antes de fazer mais um gasto pensando que é baratinho, reflita se ele realmente é necessário e no impacto que poderá ter em suas contas. Muitas vezes a gente compra apenas pelo impulso, sem que haja uma real necessidade e acaba comprometendo o dinheiro que poderia ser usado para garantir uma aposentadoria mais tranquila, por exemplo.
4 – Anote as pequenas despesas
Uma vez que queremos evitar os gastos com supérfluos, uma boa forma de conseguir ter mais consciência é anotando cada pequena compra. Pode ser em um caderno ou em um arquivo de bloco de notas no celular, mas a anotação precisa ser rigorosa para que você perceba o valor total.
5 – Pague à vista
Ao parcelar as compras a gente sempre tem a ilusão de que dispomos de mais dinheiro do que possuímos na verdade, não é mesmo? Ainda que o parcelamento possa ser muito útil em alguns casos, ele pode criar uma séria armadilha, comprometendo o orçamento no médio e longo prazo.
Sem contar que, ao guardar o dinheiro para pagar à vista, normalmente conseguimos negociar descontos e outros benefícios. Então planeje-se antes das compras e dê preferência ao pagamento à vista.
6 – Cuidado com o cartão de crédito
O cartão de crédito não precisa ser visto como um vilão, mas precisa ser usado de forma muito consciente. Se por um lado o cartão pode oferecer benefícios como acumular milhas e dar descontos em algumas plataformas de compras, por outro, ele pode ter anuidades altas e cobrar juros exorbitantes em caso de atraso no pagamento.
Da mesma forma que os pagamento a prazo, o cartão pode dar a impressão de que dispomos de mais dinheiro do que realmente dispomos, então anote com cautela todos os gastos, se atentando para o seu orçamento. E se a anuidade dele for muito alta, estude a possibilidade de trocar por outro que ofereça melhores condições.
7 – Reserve uma parte para despesas anuais
Existem despesas que a gente precisa pagar todos os anos e, principalmente em janeiro, elas se tornam uma grande dor de cabeça. IPVA, material escolar, IPTU e por aí vai. Nem sempre existe a possibilidade de guardar algum dinheiro em dezembro para quitar essas contas, mas mesmo assim, muitos de nós deixam o problema para a última hora.
Que tal fazer diferente e prever esses gastos no seu orçamento? Reserve uma parte do seu salário para pagar essas contas e evite transtornos com as contas que você já sabe que terá.
8 – Tenha uma poupança de emergências
Diferente das despesas anuais, as emergências não avisam quando vão chegar. Nem por isso a gente deve deixar de fazer uma poupança para esses casos. Normalmente são situações em que ficamos nervosos, preocupados e não conseguimos pensar muito bem, de modo que ter um dinheiro guardado para esses casos já traz um grande alívio.
Fazer uma poupança para emergências é duplamente benéfico. Se você precisar do dinheiro, vai estar preparado, evitará contrair dívidas e ter mais problemas. E se você não precisar, terá um dinheiro guardado para a aposentadoria.
9 – Separe o seu dinheiro do dinheiro da empresa
Essa dica é essencial para empreendedores. As contas pessoais nunca devem se misturar com as contas da empresa. Ao misturar as contas, você para de saber se a empresa está sendo lucrativa, perde a noção de quanto pode fazer de retirada e ainda torna muito difícil a realização da conciliação bancária.
A conciliação bancária é uma etapa de conferência dos resultados da empresa, em que os dados na contabilidade precisam bater com os dados dos extratos bancários. Isso é essencial na geração dos impostos e prestação de contas ao fisco. Aí já viu, se tiver inconsistência pode vir multa.
10 – Conte com a ajuda da tecnologia
Fazer anotações e contas todas à mão pode ser trabalhoso, sem contar que está sujeito a muitos erros. Hoje existem programas que ajudam a fazer orçamento de uma forma muito mais prática e rápida.
Para pessoa física, você pode pesquisar algumas opções gratuitas nas lojas de aplicativos, mas para pessoa jurídica o ideal é contar com um aplicativo que esteja integrado às demais áreas da empresa. Nossa dica é o ERP Hiper.